Quando fui convida a falar sobre Nutrição Infantil, logo me veio a palavra EDUCAÇÃO á cabeça. Educação em seu sentido mais amplo tem como definição: aplicar por meios próprios a formação física, intelectual, moral, didática e pedagógica.

A educação infantil com certeza é iniciada através do exemplo e na Educação nutricional não é diferente. Porém me pergunto, será que os pais estão preparados para essa didática?

Na pratica de consultório, vejo muita falta de preparo, de segurança e até desleixo por parte dos pais em relação a sí próprios e, por consequência, em relação a alimentação de seus filhos.

A alimentação, ou melhor, a Nutrição exerce influencia em tudo. O intestino, por exemplo, é considerado nosso 2º cérebro! Ele Influencia o crescimento, a produção hormonal, a aprendizagem, o sistema imunológico e muitos mais. Acredito que ninguém tem um filho, sem querer o melhor para ele.

E, na realidade de hoje, o que vemos é uma epidemia de crianças acima do peso, muitas vezes sofrendo bullying; crianças com déficit de concentração ou transtorno de ansiedade e compulsão, com diabetes, hipertensão. Tudo isso tem muito a ver com a alimentação.

Acredito que escolher ser pai, é escolher se doar, é abdicar de coisas, pelo menos temporariamente em pró de um objetivo. É preciso estar preparado para falar NÃO aos filhos. E isso eles irão lhe agradecer um dia.

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Os pais precisam se estruturar, ter uma rotina alimentar já pré- estabelecida, precisam ter a informação para passar a educação, “ Ninguém se torna um professor de inglês, sem saber falar inglês”. É preciso se ter uma estrutura alimentar a ser seguida de exemplo.

Durante a gestação a principal preocupação da gestante deve ser a qualidade nutricional, com alimentos de verdade, ricos em vitaminas, minerais e o mínimo possível de industrializados. O controle de ganho de peso é essencial. Gestantes acima do peso, podem favorecer a dislipidemias de seus filhos (obesidade, hipertensão, colesterol, diabetes).

Durante a amamentação exclusiva (primeiros 6 meses), e nada é capaz de substituir o leite materno, é importante observar a presença de sintomas como: muitas cólicas, constipação, diarreias, dermatites ou muito choro. Nestes casos a alimentação da lactante deverá ser revista e corrigida.

Antes de iniciar a introdução alimentar é muito importante que os pais tenham clareza e consenso quanto a melhor prática alimentar a ser aplicada. Nesse sentido, o apoio de uma nutricionista se mostra de extrema importância.

Erro muito comum neste período é a introdução precoce de industrializados como biscoitos (ricos em açúcar, farinha refinado, gordura trans), “danoninhos” (ricos em açúcar, conservante e de forma indireta antibióticos), sucos ou papinhas totalmente impróprias a saúde (ricas em conservantes, , frutose artificial), salgadinhos (ricos em realçador de sabor, como o glutamato monossódico, um neurotóxico e hepatotóxico).

São todos exemplos de alimentos pobres em termos nutricionais que nada irão agregar a criança, que neste período de desenvolvimento precisa de muitos substratos, como fontes de gordura boa, como do azeite; frutas e verduras varias, arroz, feijão, frango, ovo, comida de verdade e pra isso acontecer tudo que você precisa é se planejar.

Algumas estrições no 1º ano de vida, pode fazer a diferença, para uma história de vida feliz.