Alimentar-se bem é fundamental para a saúde, principalmente se ela está debilitada. Em casos assim, o cuidado precisa ser ainda maior.

Uma boa alimentação deve ser rica em fontes de proteínas e repletas de vitaminas, contudo, quando a saúde se torna debilitada e a pessoa desenvolve o hipotireoidismo, é preciso atenção na alimentação, devido à medicação.

A Dra. Laura Wad, presidente do Departamento de Tireoide da SBEM (Gestão 2011-2012), ressalta que embora alguns alimentos, quando são consumidos em excesso e por longos períodos, acabem por interpor com o metabolismo da tireoide, sua proibição não é usual para quem tem problemas com a glândula.

“Apenas em situações especiais como antes da realização de alguns exames ou tratamentos específicos, é que uma dieta direcionada é orientada. No geral, o ideal é que se mantenha uma alimentação saudável e balanceada em todos os nutrientes.” (Dra. Laura Wad)

Segundo uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia, da Escola de Medicina David Geffen, nos Estados Unidos, produtos cheios de cálcio reduzem o aproveitamento do comprimido levotiroxina, indicado para tratar pessoas que tenham hipotireoidismo.

Para o endocrinologista Hans Graf, da Universidade Federal do Paraná, é preciso alguns cuidados especiais ao consumir leite, queijos e iogurtes. De acordo com Graf, o melhor é que se faça um intervalo de duas horas entre a ingestão da medicação e o consumo de laticínios.

“Uma alternativa é utilizar a levotiroxina ao deitar, cerca de duas horas após a última refeição. A absorção é excelente”, ressalta o médico.

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Também existem outras fontes que possuem a capacidade de reduzir a absorção do medicamento, como fontes de fibras, fontes de ferro e café.

Para a Dra. Tânia Bachega, também é preciso muita cautela com a soja. Segundo ela, o aumento no consumo de soja faz com que cresçam as preocupações se este alimento poderia afetar o equilíbrio da função tireoidiana, pois estudos in vitro apontaram que os fitoestrógenos presentes na soja diminuem a ação periférica dos hormônios tireoidianos, como também interferem na sua síntese por inibição da tireoperoxidase, essa é uma enzima chave na síntese dos hormônios tireoidianos. São eles os responsáveis pela proliferação dos tireócitos, predispondo ao hipotireoidismo e bócio.

O Dr. Graf aponta que não há preocupação na alimentação. Quando o problema está relacionado com o hipertireoidismo, para o endocrinologista, não há perigo de haver qualquer problema mesmo, pois não há alimentos que interfiram na atuação dos medicamentos para esse tipo de caso.

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Via: Familia.com
Autor: Roberta Preto