Por: Revista Saber Viver Mais 

O botulismo é uma doença neuroparalítica considerada grave, porém não é contagiosa e é causada pela ação de uma toxina muito potente produzida pela bactéria lostridium botulinum, segundo o Ministério da Saúde.

Considerada uma doença rara, ela entra no organismo por meio de machucados ou pela ingestão de alimentos contaminados, sendo os enlatados e os que não têm preservação adequada os principais.

O que é agravante no botulismo é o fato da doença poder levar a óbito por paralisia da musculatura respiratória.

A transmissão do botulismo

O Ministério da Saúde informa que a bactéria causadora do botulismo produz esporos que sobrevivem até em abientes com muito pouco oxigêno.”Ele produz uma toxina que, mesmo se ingerida em pouquíssima quantidade, pode causar envenenamento grave em questão de horas”, alerta MS.

Outro agravante é que os esporos desta bactéria estão amplamente distribuídos na natureza, como em solos e sedimentos de lagos e mares. Presente também na água não tratada e em produtos agrícolas, como legumes, vegetais e mel.

As principais formas de transmissão do botulismo

Botulismo alimentar

Acontece por ingestão de toxinaspor alimentos contaminados e que foram produzidos ou estão conservados de forma inaequada. Os alimentos mais comuns envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados.

O período de incubação (entre a contaminação e o início dos sintomas) pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas. Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.

Botulismo por ferimentos

É uma das formas mais raras, o botulismo por ferimentos é causado pela contaminação de ferimentos com C. botulinum. Suas principais formas de entrada para os esporos são as úlceras crônicas com tecido necrótico, fissuras, esmagamento de membros, ferimentos em áreas profundas mal vascularizadas ou, ainda, aqueles produzidos por agulhas em usuários de drogas injetáveis e lesões nasais ou sinusais, em usuários de drogas inalatórias. O período de incubação pode variar de 4 a 21 dias, com média de 7 dias.

Botulismo intestinal

Neste tipo de botulismo, os esporos contidos em alimentos contaminados se fixam e multiplicam no intestino, onde ocorre a produção e absorção de toxina. Em adultos, são descritos alguns fatores de risco, como cirurgias intestinais, Doença de Crohn e/ou uso de antibióticos por tempo prolongado, que levaria à alteração da flora intestinal. Não se sabe o período de incubação deste tipo da doença porque é impossível saber o momento da ingestão dos esporos.

Sintomas mais coomuns do botulismo

Eles variam de acordo com o tipo de infeccção da doença. Entretanto existem os sintomas mais comuns da doença, que de forma geral são as dores de cabeça vertigem, tontura, sonolência, visão turva, visão dupla, diarreia, náuseas, vômitos, dificuldade para respirar, paralisia descendente da musculatura respiratória, braços e pernas, comprometimento de nervos cranianos, prisão de ventre e infecções respiratórias.

É importante frisar que nem todos os sintomas acontecem na mesma pessoa e que às vezes, só aparecem os sintomas menos graves, o que dificulta o diagnóstico da doença.

Com informações:Folha Vitória