Três décadas se passaram desde que Happy Gilmore se consagrou como campeão do U.S. Open de Golfe. Mas o herói irreverente de 1996 agora é apenas a sombra do que foi. Afundado em mágoas, falido e viciado em uísque, Happy carrega o peso de um acidente trágico que tirou a vida de sua esposa — e com ela, sua estabilidade emocional e financeira. Afastado dos campos e da fama, ele tenta sobreviver aos tropeços da vida adulta com a mesma teimosia que o consagrou no passado.

Em “Um Maluco no Golfe 2”, Adam Sandler retorna ao papel que o transformou em ícone da comédia escrachada, mas desta vez com um toque de melancolia. A motivação para seu retorno aos gramados vem da filha Vienna, interpretada por Sunny Madeline Sandler, que sonha estudar balé em Paris. Para conseguir pagar os 74 mil dólares necessários, Happy decide voltar ao jogo que jurou nunca mais praticar.

O diretor Kyle Newacheck aposta na nostalgia para atrair os fãs do original, equilibrando rostos conhecidos — como o eterno antagonista Shooter McGavin (Christopher McDonald) — com participações especiais inusitadas, como Bad Bunny e Margaret Qualley. Entre swings exagerados, piadas de tiozão e efeitos visuais caricatos, o filme mistura o humor físico clássico de Sandler com pitadas de drama familiar.

Embora não alcance a ousadia de outras fases da carreira recente de Sandler, o longa entrega o que promete: uma comédia nostálgica, visualmente caprichada e recheada de absurdos. “Um Maluco no Golfe 2” é, acima de tudo, um convite para rir das quedas da vida — literalmente e metaforicamente — com um taco de golfe na mão e a plateia na saudade dos bons tempos.

Veja o trailer da trama: