Por: Andreia Santos

Ansiedade, uma palavrinha que vem atormentando muita gente nos últimos tempos, mas lá em 1990 estudiosos já estimavam que em 2020 as doenças psicológicas fossem causas de incapacitação em diversos países. Pois bem, acertaram! Os anos passaram e essas doenças tem tomado uma proporção cada vez maior na vida das pessoas. Cotidianamente surgem pessoas sofrendo pela falta de saúde mental. Isso tem aumentado muito, visto que, as pessoas ainda negligenciam a saúde psíquica por diversos motivos. Digo que a mesma é de extrema importância para as pessoas viverem de forma mais leve e mais assertiva.

A ansiedade é um sentimento desagradável de apreensão, uma reação natural e necessária do nosso corpo. Pode servir como um fator motivacional em que ajuda a pessoa a melhorar o seu funcionamento e desempenho. Quando em excesso, porém, a mesma traz consequências ruins para a vida das pessoas. Ela passa de ansiedade como reação natural para um transtorno. Os transtornos de ansiedade (sim, no plural por que são vários) se caracterizam por uma serie de sinais e sintomas que interferem diretamente na forma como as pessoas pensam e se comportam.

E quando a ansiedade pode ser considerada transtorno, psicóloga?

A ansiedade é considerada transtorno quando está presente por diversos dias e em geral por meses, interferindo em suas atividades cotidianas de forma PERSISTENTE. Bem como, quando atinge níveis de exageros causando prejuízos para si e para os outros.

E quais os sinais de um transtorno de ansiedade?

Os transtornos de ansiedade muitas vezes são acompanhados de sintomas como: taquicardia, tremor, suor, sensações de medo, apreensão, aperto no peito, sensação de sufocamento, pensamentos desastrosos, insônia, tensão muscular, sensação ruim no estômago, problemas gastrintestinais, entre outros. Uma pessoa ansiosa normalmente tem pensamentos relacionados ao perigo, antecipação e medo do futuro.  Mas lembrem-se esses sintomas devem ser de forma persistente e dentro de um contexto.

São vários os tipos de ansiedade: transtorno do pânico, agorafobia, fobia especifica, fobia social, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e outros. Falando especificamente da TAG, nesse as pessoas sentem dificuldade de controlar as preocupações e evitar que esses pensamentos interfiram nas suas tarefas cotidianas. Frequentemente essas preocupações estão ligadas as circunstâncias da sua rotina de vida. Os pensamentos são voltados para a imaginação de consequências negativas em diversos aspectos da vida. Generaliza os casos negativos isolados e torna-os um padrão.

Estamos vivendo em um período com muitos avanços tecnológicos e científicos. Mas, esses avanços nem sempre são positivos. A infinidade de anúncios nos meios de comunicação que mostram vidas perfeitas acaba por adoecer um número muito grande de pessoas. São esses e vários outros fatores que tem forte influencia no transtorno de ansiedade. Entretanto, é importante esclarecer que cada caso deve ser analisado individualmente.

Sendo assim, é de extrema importância que as pessoas que estão passando por esse processo e/ ou se identificaram com os sintomas do transtorno de ansiedade procurem um psicólogo e/ ou psiquiatra. Esses profissionais são os únicos habilitados para dar o devido diagnóstico e tratamento. Não da para correr ou tentar camuflar o transtorno de ansiedade é preciso trata-lo de forma adequada.

O psicólogo através da psicoterapia irá trabalhar com varias técnicas que auxiliam no tratamento.  Praticar essas técnicas permite que as pessoas ansiosas alterem a sua perspectiva e a sua forma de pensar. Bem como, ajuda a pessoa no seu autoconhecimento, a resgatar a sua autonomia e obter o controle da sua vida.

Uma ótima técnica para os ansiosos de plantão praticar regularmente é a técnica da respiração diafragmática. Ela evita que a ansiedade continue aumentado e chegue a um nível que não pode mais controlar.

Técnica:

  1. Escolha uma posição que seja confortável para você: sentado com a coluna ereta ou deitado (quando for possível, claro);
  2. Coloque a mão sobre o abdômen, entre o umbigo e o esterno, para sentir a movimentação abdominal durante a respiração;
  3. Inspire pelo nariz contando até quatro. Sinta o ar encher os pulmões e o abdômen subir;
  4. Segure o ar dentro dos pulmões por dois tempos;
  5. Expire pela boca, esvaziando os pulmões e a barriga, contando até quatro novamente;
  6. Repita o processo duas ou três vezes, depois continue respirando pelo abdômen sem contar tempos.

Sua ansiedade terá baixado nitidamente

Autora: Andréia Oliveira Santos – Psicóloga CRP 03/17411
Pós Graduanda em Transtorno Alimentar, Obesidade e Cirurgia Bariátrica.
Instagram: @andreiapsi18

Fonte:A Voz do Campo