Uma descoberta científica pode mudar para sempre a forma como o câncer de intestino — um dos que mais mata no mundo — é tratado. Pesquisadores anunciaram resultados animadores de uma vacina experimental capaz de reduzir drasticamente o risco de recidiva e aumentar a sobrevida de pacientes que já enfrentaram a doença.

O imunizante, chamado ELI-002, tem como alvo mutações no gene KRAS, presente em quase metade dos casos de câncer colorretal. Em testes clínicos iniciais, 84% dos pacientes desenvolveram uma resposta imunológica poderosa, com o sistema de defesa do corpo aprendendo a reconhecer e atacar células tumorais.

Os números impressionam:

Pacientes vacinados tiveram sobrevida média de 29 meses, quase o dobro da média histórica de 15,9 meses.

Em alguns casos, os marcadores do câncer desapareceram completamente.

Muitos permaneceram livres da doença por mais de 20 meses após a aplicação da vacina.

E o melhor: além de combater as mutações específicas para as quais foi desenvolvida, a vacina desencadeou uma reação em cadeia em 67% dos voluntários, fazendo o sistema imunológico atacar também outras mutações ligadas ao tumor.

Os cientistas acreditam que estamos diante de uma das mais promissoras armas contra o câncer gastrointestinal.

E a corrida já começou: uma versão aprimorada da vacina, chamada ELI-002 7P, está sendo testada em um estudo de fase 2 para ampliar ainda mais sua eficácia.

Especialistas afirmam que, se os resultados forem confirmados em larga escala, a vacina poderá revolucionar o futuro da oncologia, transformando o câncer de intestino em uma doença cada vez mais controlável.

Um avanço que dá esperança a milhões de pessoas no mundo inteiro.