A psicologia das cores não “adivinha” a personalidade de ninguém, mas diversos estudos em comportamento humano mostram que nossas escolhas cromáticas refletem estados emocionais, níveis de energia e até padrões de autoestima.

Pesquisas em áreas como psicologia social, psicologia da percepção e neurociência emocional apontam três cores frequentemente associadas a momentos de autocrítica elevada, insegurança ou retração social.

1. Preto — mecanismo de proteção emocional

Em pesquisas de color psychology, o preto é associado a auto-preservação, necessidade de controle e estratégias de “fechamento” emocional.
Estudos mostram que indivíduos com menor autoestima tendem a preferir cores escuras por transmitirem sensação de segurança e de bloqueio visual — uma forma de reduzir exposição social.

2. Cinza — baixa ativação emocional e evitação social

O cinza aparece em estudos como uma cor ligada a neutralidade afetiva, baixa energia e estados de humor hipoativos.

Pesquisas relacionam a preferência por tons de cinza à tendência de evitar estímulos, característica comum em pessoas com autoestima reduzida.

É a cor escolhida quando o cérebro busca “não chamar atenção”, “não correr riscos” e manter um padrão emocional estável, mesmo que empobrecido.

3. Branco — distanciamento, perfeccionismo e autocontrole rígido

Embora associado à pureza, o branco também aparece em estudos como cor preferida de indivíduos que apresentam traços de autocobrança, necessidade de perfeição e medo de julgamentos.

É comum em perfis que tentam manter uma imagem emocionalmente “limpa” e socialmente aceitável.
Psicólogos descrevem isso como um comportamento de autoproteção cognitiva, que pode ocorrer quando a autoestima está baixa.

Por que isso acontece? A explicação científica

A escolha de cores está ligada a áreas do cérebro responsáveis por:

regulação emocional (amígdala, córtex pré-frontal)
processamento sensorial (córtex visual)
memória afetiva (hipocampo)

Quando a autoestima está baixa, o sistema emocional tende a priorizar segurança, previsibilidade e baixo estímulo.
Por isso as cores escuras e neutras surgem com mais frequência do que tons vivos, que requerem maior ativação emocional e maior abertura social.

O que estudos mostram sobre autoestima e cores?

Pesquisas apontam que indivíduos com autoestima elevada tendem a preferir:

* cores mais luminosas
* tons mais saturados
* cores associadas a expansão social (amarelo, azul-vivo, verde-claro, vermelho moderado)

Já a baixa autoestima está associada a evitação e inibição comportamental, refletindo escolhas mais apagadas ou neutras.

Importante:

Cores NÃO definem ninguém.
Elas apenas refletem tendências emocionais temporárias — e não diagnósticos.