O gato subindo ou descendo
Qual a sua opinião?

Agora está na moda. De vez em quando nos deparamos com alguma imagem, fotografia ou mesmo cena real que deixa o nosso cérebro muito confuso. Isso quando a gente se dá conta de que há duas ou mais interpretações para aquilo que acabamos de ver. Há semanas atrás, foi o vestido.

As discussões chegaram a ficar bastante acaloradas, até que a vendedora original da peça veio a público e esclareceu que o mesmo era na verdade preto e azul. Mesmo assim, muitos não ficaram completamente satisfeitos: por que eu enxergo diferente da pessoa do meu lado? Clique e confira essa postagem polêmica.

O cérebro é realmente incrível e misterioso. A última agora é a imagem de um gato supostamente descendo (ou subindo) uma escada. Uns veem de um jeito. Outros de outro. A discussão já começou. E você, acha que o gato está subindo ou descendo?


A verdade sobre a imagem

Se um perito analisasse a fotografia, ele certamente diria: o gato está descendo a escada e a pessoa que tirou a suposta fotografia estaria no andar de baixo. Como ele chegaria a essa conclusão? Não é tão difícil. Repare que cada degrau tem um detalhe, uma “irregularidade’, como se fosse um pequeno degrau antes de decair.

Caso o gato estivesse subindo as escadas, o plano normal de cada degrau apresentaria essa irregularidade, o que ficaria no mínimo estranho, do ponto de vista da funcionalidade de uma construção.

Uma escada na posição habitual deve conter a superfície de piso sem grandes irregularidades. Se o gato estivesse subindo as escadas, isso não aconteceria.

Por que o cérebro vê de duas maneiras?

Inconscientemente, o cérebro faz uma avaliação de toda a paisagem para detectar sinais que o possam auxiliar em sua interpretação final. O problema é que, neste caso, alguns desses sinais podem ser interpretados de formas diferentes, por pessoas distintas, ou mesmo de forma dúbia, pela mesma pessoa, em momentos distintos.

Se você encarar que a claridade na porção superior da imagem teria relação com a luz natural, do sol, e acabasse por perceber o céu lá no fundo, ficaria mais provável interpretar a situação como o gato descendo a escada. Esta, por sua vez, levaria (quem a subisse) ao ponto mais alto do ambiente. Um terraço, talvez.

Agora, se você concebe a luminosidade, mesmo que inconscientemente, numa fração de segundo, como de origem artificial, por exemplo, uma lâmpada acesa em um sala, você tenderia a interpretar o gato como subindo a escada (e, obviamente, não deve ter dado tanta atenção aos detalhes nos degraus).

Estatisticamente, essa versão seria a mais incomum, porque não estamos acostumados a subir de um ponto de claridade natural para outro mais escuro. Em uma concepção comum de realidade, o céu está sempre no topo.

Esta é apenas uma explicação aproximada do fenômeno, já que a interpretação final que cada cérebro elaborará irá depender fundamentalmente das memórias remotas arquivadas, das experiências vividas, como por exemplo o lugar onde a pessoa mora, ou trabalha, se alguma característica do local é ou foi emocionalmente importante (tornando-se vívida mais rapidamente na memória), o ambiente em que se encontra no momento em que vê a imagem, a percepção que tem de sombras e luminosidade, e por aí vai…
Incrível não?!