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Na Tunísia, um grupo de trabalhadores isolou-se numa fábrica para produzir máscaras de proteção

Em quarentena auto-imposta, mas no trabalho: um grupo de funcionários de uma fábrica na Tunísia voluntariou-se para trabalhar cerca de 12 horas por dia para produzir máscaras de proteção individual que por esta altura servem de escudo protetor dos muitos profissionais de saúde que todos os dias lutam contra o novo coronavírus.

A falta de equipamentos de proteção individual nos hospitais é um problema que tem atingido quase todos os países do mundo, sobretudo depois de a China, principal produtor de máscaras, ter suspendido as exportações. Foi o caso da Tunísia. Segundo a imprensa local, nos últimos dias, várias unidades de saúde tiveram que encerrar portas e há testemunhos de alguns profissionais de saúde que admitiram ter estado em contacto com pacientes infetados sem a proteção adequada.

Face a estas notícias, uma empresa tunisina de equipamento de proteção individual, a Consomed, decidiu propor aos mais de 240 funcionários uma quarentena dentro das instalações da fabrica para aumentar a produção de máscaras cirúrgicas e desta forma resolver a carência de equipamentos de proteção nos hospitais da região – cerca de 150 funcionários aceitaram esta proposta. Por isso, neste momento, há mais de 110 mulheres e 40 homens a trabalhar cerca de 12 horas por dia num armazém de 5000 m2, onde também comem e dormem. Uma equipa de médicos, cozinheiros e o diretor da empresa estão em isolamento junto dos trabalhadores.

“Somos os únicos a produzir para os hospitais tunisinos: não podemos correr o risco de contaminar a fábrica” esclareceu à agência francesa, AFP, o diretor da empresa, Hamza Alouini.

A missão começou no dia 20 de março e o diretor admite é possível que se prolongue pelo próximo mês. Há, no entanto, quem já sinta saudades dos familiares. É o caso de uma jovem costureira de apenas 22 anos, a dormir fora de casa, longe da sua família, pela primeira vez. Em declarações à AFP uma funcionária da fábrica, Khaoula, revelou que a jovem sentiu-se triste no quarto dia de isolamento, porém, o espírito de união e entreajuda que testemunhou diz ter sido suficiente para acalmá-la.

Para esta equipe os últimos dias têm começado bem cedo e sempre ao som do hino nacional. “Isso dá-nos a sensação de que somos soldados” ao serviço dos profissionais de saúde, rematou Khaoula.

Nas redes sociais, a empresa tem publicado várias fotografias dos seus trabalhadores durante os momentos de descanso. O último post mostra a equipa de funcionários no sétimo dia de isolamento, conforme pode ler-se na descrição.

Fonte: Visão

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