Mesmo depois de se aposentar, o coronel Potratz, médico que cuidava da ‘Clarinha’, paciente que está em coma há 17 anos no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, continua indo ao hospital visitar a paciente. Ele conta que ainda não perdeu a esperança de conseguir localizar algum parente dela.

A paciente Clarinha, como foi batizada pelos médicos, chegou no hospital da polícia Militar há 17 anos após ser vítima de um atropelamento.

Foi encontrada sem nenhum documento e até hoje ninguém sabe seu verdadeiro nome ou quem são seus familiares. Ela está sob os cuidados da carinhosa equipe médica do HPM de Vitória, ES.

“Depois de tantos anos me dedicando a cuidar dela, mesmo como médico, a gente acaba criando um laço de afetividade. E essa história me marcou muito, pelos aprendizados que eu tive durante essa jornada, e pela situação da própria Clarinha, que ainda está indefinida. Ainda não achamos a família dela, mas continuamos com esperança”, disse, Dr Potratz.”

Ele não usa mais a farda e nem precisa cumprir horários, mas sempre traz alguma coisa para sua paciente preferida. As zelosas enfermeiras avisam o Coronel Potratz quando Clarinha precisa de algo:

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“Eu estava até explicando para ele que às vezes ela tem febre, porque sente a falta dele, porque toda manhã era ‘bom dia, Clarinha’”, explicou a enfermeira Neide Lopes.

Sem identificação

Depois que o caso ganhou destaque, mais de 100 pessoas de várias partes do país procuraram o Ministério Público, que é o responsável pelas investigações, mas ela continua sem identificação.

Duas famílias, uma do Paraná e outra do Maranhão, ainda aguardam para fazer os exames de DNA, com a possibilidade de identificá-la.

O Doutor garante: vai continuar do lado de Clarinha até conseguir encontrar a sua família. E, após conseguir localizar os familiares, pretende continuar ajudando e mantendo a convivência com ela:

“Com certeza vou manter um elo com essa família que por ventura a gente possa identificar, no sentido de continuar ajudando, mesmo que seja à distância, mas continuar participando da vida dela, até como médico, poder visitá-la e ter uma interação já que a gente criou um vínculo de afetividade muito grande”, contou, Dr Potratz.

Em meio a crise que estamos vivendo na saúde, Dr Potratz é um grande exemplo a ser seguido!

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Informações: G1