Pessoas que sofrem de esquizofrenia, aparentemente, não se deixam enganar por uma ilusão de ótica chamada de “máscara vazia”. Ela é capaz de afetar os restantes saudáveis graça às conexões entre as áreas sensoriais e conceituais do cérebro.

Na ilusão, as pessoas observam uma face côncava como uma face convexa normal. A ideia explora a estratégia do nosso cérebro para dar sentido ao mundo visual – que somente ele realmente vê – conhecida como “processamento top-down”.

De acordo com a coautora de um estudo sobre o assunto, Danai Dima, da Universidade de Medicina de Hannover, na Alemanha, “nosso processamento top-down guarda memórias, como modelos de ações.

Todos os modelos em nossa cabeça dizem que um rosto deve sair dali, e é por isso sempre que vemos ele”, disse ela.

Essa expectativa substitui pistas visuais – como sombras e informações de profundidade – que indicam qualquer informação contrária. No entanto, pessoas com esquizofrenia são prejudicadas pela implausibilidade.

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Assim, eles veem a face oca como ela realmente é. Alguns psicólogos acreditam que a dissociação da realidade que acompanha a condição resulta no desequilíbrio no processamento top-down.

Já nas pessoas saudáveis, a ilusão é tão poderosa que mesmo estando cientes de que a máscara está oca, são incapazes de vê-la dessa forma. Esse truque, no entanto, só ocorre com rostos, devido a uma relação especial que os seres humanos têm com eles.

Muitos neurocientistas acreditam que temos regiões do cérebro dedicadas ao processamento de rostos, e algumas lesões cerebrais podem deixar pacientes incapazes de reconhecê-los, embora a visão e outras memórias permaneçam intactas.

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Fonte:Jornal Ciência
Autor: Merelyn Cerqueira