Graças a uma nova medicação com uma proposta de duracão fixa de 24 meses, o tratamento da leucemia pode se tornar menos agressivo para adultos e pessoas com mais de 60 anos.

Nos últimos três anos, foram feitas várias pesquisas no mundo, e muitas substâncias foram testadas para uma substituição da quimioterapia em casos de adultos e alguns mostraram eficácia para reconfigurar os tratamentos da doença que mais amedronta adultos.

Venetoclax

Ele seria um desses alvos terapêuticos que seria responsável por inibir a proteína BCL-2, que impede o processo da morte de células canceríginas no sangue, o medicamento associado com uma outra substância a rituximabe, seriam então utilizadas em um período de 24 meses combatendo à leucemia linfoíde crônica, fazendo assim a substituição da quimioterapia tradicional.

“Com a população envelhecendo bastante, teremos mais indivíduos com doenças como o câncer que querem continuar vivendo por mais tempo e as novas linhas de remédios oferecerão mais quantidade e qualidade de vida”, disse à Agência Efe o oncologista do hospital Sírio Libanês Celso Arrais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), acaba de aprovar o medicamento, e já é considerado como uma das principais descobertas para o tratamento das leucemias mais frequentes em adultos, a Linfoide Crônica (LLC) e a Mieloide Aguda (LMA).

“Os pacientes mais velhos têm uma dificuldade de fazer quimioterapia, lidar com outras doenças, às vezes têm dificuldade motora e, acima de tudo, dificuldade de lidar com efeitos colaterais”, afirmou Arrais.

Brasil

Enquanto isso no Brasil a medicação está em fase de teste através de pesquisas, cujos os resultados serviram para aprovar o uso no país e a liberação por parte de planos de saúde, já que para o sistema público as substâncias ainda são caras.

Valor

A caixa de  Venetoclax pode custar mais de  R$ 1 mil em algumas farmácias, enquanto as doses para cada paciente podem chegar a três por dia.

“As medicações são boas, temos um cenário médico excelente, mas, do ponto de vista econômico, o problema é gigantesco, pois os remédios têm um custo alto e não estarão no Sistema Único de Saúde (SUS), realidade que parece muito distante”, explicou Arrais.

O médico também avaliou que o Brasil está “20 anos atrasado” em relação à aprovação de medicamentos no combate ao câncer no mundo, ao mesmo tempo em que a medicina está desenvolvendo pesquisas que prezam por “tratamentos orais e não injetáveis para doenças teoricamente incuráveis”.

Com informações: R7