O homem que ganhou na loteria 14 vezes — e a matemática simples por trás disso

Ganhar na loteria uma vez já parece impossível.
Agora imagine ganhar 14 vezes.

Foi exatamente isso que fez Stefan Mandel, um economista romeno que ficou famoso por provar algo desconfortável: loteria não é só sorte — é matemática.

O segredo não era “sorte”

Mandel não acreditava em números da sorte, sonhos ou intuição.
Ele acreditava em probabilidade.

A lógica dele era simples:

Se o custo para comprar todas as combinações possíveis for menor que o prêmio, o lucro é matematicamente garantido.

A matemática explicada do jeito mais fácil possível

Vamos simplificar.

Em uma loteria comum:

* Você escolhe 6 números
* Existe um número finito de combinações possíveis

Exemplo hipotético:

* Total de combinações: 7 milhões
* Custo para comprar todas: R$ 7 milhões
* Prêmio acumulado: R$ 20 milhões

Resultado: mesmo pagando impostos e dividindo prêmios menores, ainda há lucro.

Mandel esperava o prêmio acumular até ultrapassar o valor total das combinações.

O que ele fez diferente de todo mundo?

* Criou algoritmos simples para gerar todas as combinações
* Reuniu investidores para dividir os custos
* Comprou bilhetes em massa, legalmente
* Escolheu loterias com **menos combinações possíveis

Nada ilegal.
Nada mágico.
Só matemática + escala.

“Mas isso funcionaria hoje?”

Quase não.

Depois do caso de Mandel:

* Loterias aumentaram o número de combinações
* Limitaram compras em massa
* Mudaram regras justamente para evitar esse tipo de estratégia

Ou seja: o sistema foi ajustado porque alguém provou que dava para vencer.

A grande lição dessa história

Stefan Mandel não ficou famoso apenas por ganhar dinheiro.
Ele ficou famoso por mostrar que:

* Sorte é estatística mal compreendida
* Probabilidade governa jogos de azar
* Sistemas “impossíveis de vencer” muitas vezes só não foram analisados direito

Conclusão

Mandel não desafiou a sorte.
Ele esperou a matemática ficar a favor dele.

E talvez a parte mais surpreendente seja essa:
A matemática que ele usou não era avançada — era ignorada.