Por: Revista de Saber Viver Mais
Nesta última quinta feira, em uma audiência realizada na Comissão e Seguridade Social e Família, pediatras, nutricionista e membros de organizações não governamentais, pediram a aprovação de um projeto que já tramita há 12 anos na Câmara dos Deputados e até hoje aguarda votação pelo Plenário.
O projeto de lei que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de educação básica públicas e privadas (PL 1755/07), foi elaborada pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG).
Especialistas destacam a importância da medida para combater a “epidemia” de obesidade, que atinge a grande parte da população brasileira. Segundo dados apresentados em 2009, mais de 30% das crianças estavam com obesidade ou sobrepeso.
“Da maneira que está caminhando em 2022 vamos ter, entre as crianças do sexo masculino de 5 a 9 anos, em torno de 46,5% de obesidade e, entre as meninas, em torno de 38% – ou seja, a gente está se aproximando para quase metade das crianças com obesidade”, destacou a vice-presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Nancy de Araujo Aguiar.
Além disso, Nancy relatou que a situação é preocupante, pois estão crianças com doenças relacionadas a peso precisarão de atendimentos complexos, o que pode impactar no financiamento da saúde.
Os maiores vilões que geram problemas de obesidade em crianças, segundo a nutricionista são o alto consumo de alimentos que chamamos de ultra processados, tais como salgadinhos, biscoitos e bebidas açucaradas. “As pessoas que consomem esses alimentos têm chance 37% maior de serem obesas”, ressaltou Nancy, que ainda afirmou que o brasileiro está cada vez mais substituindo o consumo de alimentos básicos.
A nutricionista desta que a escola tem que ser um espaço privilegiado para a formação de valores e hábitos saudáveis. Ela ainda acrescentou que que 32,3% das crianças menores de 2 anos já consomem refrigerantes ou sucos artificiais e que o refrigerante é a sexta bebida mais consumida entre os adolescentes brasileiros.
A proposta está há 12 anos esperando por aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto já passou por análises e comissões, entretanto, ainda não foi para votação no Plenário. Em 2016, as empresas Coca-Cola, Pepsi e Ambev anunciaram que não iriam mais vender refrigerante nas escolas, porém, a diretora executiva da ACT Promoção da Saúde, Paula Johns, alertou que se tratava de uma estratégia de auto regulação, para evitar a aprovação do projeto.
Paula ainda destacou que as empresas não conseguem ter o controle sobre as distribuidoras que vendem a bebida aos estabelecimentos escolares.
Em uma pesquisa realizada pela entidade, em conjunto com o Datafolha, apontou que 77% dos brasileiros são contra a venda de bebidas açucaradas em escolas públicas e privadas e 61% dos brasileiros são a favor do aumento dos tributos sobre refrigerantes, chás prontos e sucos de caixinha.
Com informações: Ric Mais
Sonhos não mentem: psicóloga mostra como entender os significados do inconsciente Especialista apresenta ferramenta para…
Ilusões de ótica nas pinturas de Salvador Dali Salvador Dali foi um pintor surrealista espanhol…
Como prevenir as constipações no Outono? A constipação, assim como a gripe, está entre as…
Por: Dr. Barakat A Anvisa iniciou um processo para a regulamentação do transplante de fezes…
Por: Dr. Barakat Não quero parecer alarmista ou defender que todos passemos a viver como…
A saúde mental é um aspecto importante do bem-estar geral de uma pessoa. Algumas dicas…