Na vastidão do catálogo da Netflix, entre comédias descartáveis e blockbusters esquecíveis, esconde-se uma joia fria: O Assassino, o mais recente mergulho de David Fincher no universo sombrio da mente humana.
Baseado na série de HQs francesa de Alexis Nolent (Matz), com ilustrações de Luc Jacamon, o filme nos apresenta a um protagonista que, apesar de não ter nome, tem uma presença que gruda na tela. Michael Fassbender interpreta um assassino profissional que sempre viveu segundo uma única regra: não se envolver. Metódico, impiedoso, e aparentemente incapaz de sentir remorso, ele é o retrato perfeito do controle absoluto — até que um erro muda tudo.
A partir desse deslize, Fincher nos conduz por uma espiral de paranoia e tensão crescente. Agora caçado, traído e vulnerável, o assassino começa a desconfiar de todos — clientes, contatos, e até de si mesmo. A frieza que antes era sua maior arma se torna uma rachadura cada vez mais visível, e o que era um thriller de ação começa a se desdobrar num estudo psicológico inquietante.
Com uma direção milimetricamente precisa, trilha sonora hipnótica (cortesia de Trent Reznor e Atticus Ross), e uma fotografia estilizada que flerta com o melhor do neo-noir, O Assassino é puro Fincher: sombrio, elegante e cheio de camadas. O elenco ainda conta com uma participação afiada de Tilda Swinton e um destaque discreto, mas impactante, da brasileira Sophie Charlotte.
E mesmo com todos esses ingredientes dignos de premiação, o filme parece ter passado despercebido por grande parte do público. Será o ritmo lento e introspectivo demais para um espectador acostumado com ação frenética? Ou será que a Netflix simplesmente não soube como vendê-lo?
Seja como for, O Assassino merece ser redescoberto. Porque talvez o erro mais imperdoável… seja o de ter deixado esse suspense passar batido.
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