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Disbiose intestinal: já ouviu falar? por Nutricionista Daniela Mendes Tobaja

Por Nutricionista Daniela Mendes Tobaja

Provavelmente você já deve ter escutado: “A gente é o que a gente come”, eu ainda completaria com: “A gente é o que agente come, ABSORVE E UTILIZA”.

Não basta comer, a digestão que se inicia na boca e que depende de uma boa mastigação (o que não acontece na pratica de muitos), um adequado ph salivar, estomacal e intestinal, e também de um intestino saudável.

O intestino possui 10 vezes mais bactérias e 100 vezes mais material genético do que o número total de células no organismo. É o habitat de mais de 100 trilhões de micro-organismos de mais de 400 espécies.

Ter um intestino saudável é essencial para qualidade de vida. Quando falo saudável, não estou me referindo somente ao transito intestinal e sim no tipo de colonização de bactérias probióticas, ou seja, bactérias que trazem benefícios como produção de vitaminas do complexo B, vitamina K, enzimas digestivas, absorção de nutrientes, redução dos níveis de colesterol, desintoxicação hepática, maturação do sistema imunológico (GALT e MALT), entre outros inúmeros benefícios ao corpo.

O descontrole desta flora intestinal, ou seja, a prevalência de bactérias patogênicas é chamada de disbiose intestinal.

Sintomas clássicos:

– Constipação e/ou flatulências (constipação é caracterizada pela frequência, consistência, formato e sensação de esvaziamento incompleto);

– Depressão (o aminoácido triptofano que seria convertido em serotonina, o hormônio do bem estar (e a melatonina), serão convertidos pelas bactérias patogênicas em outras substancia tóxicas);

– Aumento da fome por doces (estimulado pelas bactérias patogênicas, falta de serotonina e outros nutrientes que ter sua absorção comprometida).

– Insônia (devida redução de melatonina);

Leia também: Os médicos do Quebec não querem que aumentem seus salários. Saiba por quê.

– Ganho de peso (devido ao aumento de inflamações e queda da serotonina); ou baixo peso (devida síndrome de má absorção);

– Aumento do colesterol (devida a intoxicação que é gerada, favorecendo a um aumento do colesterol endógeno, que é o produzido pelo próprio corpo);

– Permeabilidade intestinal: que favorece a queda do sistema imunológico e aumento de inflamações e reações alergênicas: como rinite, sinusite, artrite, celulite, entre outros;

– Infecções urinárias (de repetição);

– Micose;

– Acnes;

– Memória ruim (a inflamação favorece a morte dos neurônios)

– Estresse (pela falta das bactérias probioticas que são capazes de controlar os níveis de cortisol)

– Sintomas relacionados a falta de vitaminas e minerais (devida a grande inflamação, permeabilidade intestinal, ph impróprio, muitos nutrientes tem sua absorção prejudicada, favorecendo ao aumento de ansiedade, queda de cabelo, unhas fracas, osteoporose, anemia, entre muitos outros).

Causas:

Entre as possíveis causas da disbiose estão: a idade, o estresse, não ter sido amamentado por um tempo mínimo de seis meses (visto que no leite materno estão as bactérias benéficas ao corpo e elas devem ser as primeiras bactérias a colonizar o intestino), alimentação inadequada (rica em açúcares, fungos, gorduras, pobre em vitaminas, minerais, fibras, etc.), constipação, uso de medicamentos (como laxantes e antibióticos), má mastigação e digestão, alteração do pH salivar, estomacal e intestinal e estado imunológico debilitado.

Diagnóstico:

É realizado pelo nutricionista a partir dos sintomas ou exame de urina (indican).

Tratamento:

Geralmente são tratamentos longos, variando muito caso a caso. É feito com um adequamento alimentar, visando desfavorecer o crescimento de bactérias patogênicas, inclusão de alimentos substrato das bactérias benéficas e suplementos.

Daniela Mendes Tobaja

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