O brasileiro está vivendo mais. De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a idade média do brasileiro que era de 45 anos, em 1940, deve chegar a 78 anos, em 2020.
E os especialistas afirmam que a geração de novos bebês vão viver mais de 100 anos.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), até o final deste século, o mundo terá mais de 21 milhões de pessoas com 100 anos ou mais; e o Brasil ampliará sua população de centenários em mais de 110 vezes, para mais de 1,5 milhão, se seguir a tendência mundial de redução das taxas de natalidade e no número de óbitos.
E de acordo com os médicos, essa população centenária, além de viver muito, será saudável e ativa. “ O que buscamos hoje é uma longevidade saudável, tanto saúde física, que mantém a pessoa ativa, quanto mental, que é ela ter lucidez.
Vejo hoje que as pessoas estão se preocupando muito mais com a saúde, a alimentação e isso é fundamental para um vida longa”, destacou a médica Blima De Rossi.
A presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) em São Paulo, Maisa Kairalla, ressaltou que é preciso pensar nos idosos e na geração que terá mais de 100 anos desde já.
“Levando em consideração que a população idosa brasileira triplicará até 2050, chegando a mais de 66 milhões de pessoas, segundo o IBGE, é fundamental ter atenção quando o assunto é o envelhecimento ativo e saudável. O idoso precisa ser autônomo, independente e praticar atividades que tragam propósito ao seu dia a dia”.
E esses cuidados e preocupações já estão acontecendo no Estado, segundo a presidente da SBGG no Espírito Santo, Waleska Binda Wruck. “Antes tínhamos uma base muito jovem, hoje, com a redução da natalidade e da mortalidade, os idosos estão se tornando grande parte da população. E com o cuidado, com as doenças crônicas controladas, essa realidade será cada vez maior”, destacou.
No passado chegar à terceira idade era motivo de preocupação para muitas pessoas, mas isso tem mudado, segundo os médicos. Chegar à maturidade se tornou o começo de um novo ciclo cheio de descobertas e aprendizado.
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Por causa do desenvolvimento econômico e dos avanços tecnológicos, tanto na medicina quanto no saneamento básico, a expectativa de vida da população tem aumentando e, segundo os especialistas, a terceira idade está mais ativa e saudável do que nunca.
“Diferentemente do que acontecia há 20, 30 anos, métodos de diagnóstico precoce e tratamentos adequados fazem toda a diferença. Um diagnóstico de diabetes não é mais sinônimo de cegueira ou de insuficiência renal, desde que as intervenções sejam disponibilizadas a este paciente a tempo, com a segurança que o conhecimento médico hoje permite”, destacou o médico e presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil, Alexandre Kalache.
Os especialistas destacam ainda que o desenvolvimento de novos medicamentos, a imunoterapia e o controle de doenças crônicas como hipertensão e diabetes terão um papel importante na criação dessa geração que viverá mais de 100 anos.
“A imunoterapia, por exemplo, com a criação das vacinas, ajudou muito na sobrevida e no aumento da expectativa do brasileiro. Com isso, menos pessoas morrem por causa de doenças e ficamos mais velhos”, salientou a presidente da SBGG no Espírito Santo, Waleska Binda Wruck.
Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em São Paulo, mostrou que um dos motivos que contribuem para que as pessoas vivam mais é o cuidado com a saúde.
Economicamente ativos e socialmente engajados, esse público anseia por um envelhecimento saudável e melhor qualidade de vida.
Dos idosos que responderam a pesquisa, 23% se alimentam de maneira adequada e 17% praticam exercícios regularmente. A pediatra neonatologista, Geisa Baptista Barros, frisou que saúde e longevidade caminham juntas. “Ela é resultado de um conjunto de entendimentos sobre o que é a saúde.
O exercício físico e a alimentação são importantes para a longevidade, ser feliz e ter uma vida afetiva boa também são”.
* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
Fonte:Tribuna Online
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