Gibi conta a história de Luke, um paciente que precisa passar por cirurgia e é tranquilizado pelo médico. Projeto contou com o apoio de pais de pacientes para ser ilustrado e escrito.
Com o objetivo de instruir as famílias e amenizar a ansiedade de crianças prestes a passar por cirurgias, o especialista em cirurgia pediátrica Márcio Lopes Miranda criou um gibi lúdico e informativo para pacientes de Jundiaí (SP).
O médico conta que a ideia surgiu a partir da necessidade de conversar com os familiares e a criança através de um contato mais humano, desconstruindo os termos médicos.
“Uma cirurgia traz ansiedade e nervosismo às pessoas próximas e, de forma lúdica, buscamos explicar detalhadamente todos os passos do procedimento para tranquilizar”, explica.
Distribuído gratuitamente em hospitais públicos e privados, o gibi “Gol de Placa!” conta a história de Luke, uma criança prestes a passar por uma cirurgia de hérnia inguinal. Todo o processo que envolve o procedimento é ilustrado no decorrer do livro.
“Escolhemos mostrar o procedimento da hérnia inguinal pela alta incidência em ambos os sexos, servindo como exemplo de uma cirurgia ambulatorial, ou seja, um procedimento de pequeno porte cirúrgico.”
Para o projeto sair do papel, o médico contou com a ajuda voluntária de pais de crianças beneficiadas pelo gibi. “O pai de um paciente é artista gráfico e a mãe de um outro paciente é escritora de livros infantis. Eles se interessaram em fazer o projeto ganhar vida”, conta.
O resultado do projeto pode ser percebido pelo médico e pela equipe logo no retorno do paciente ao consultório.
“Eles trazem o gibi de volta e mostram quais partes aconteceram com eles e também com o Luke [personagem]. Também relatam que levaram até à escola e mostraram aos amigos e professores. Ficamos muito felizes”, comenta.
Nova edição
O retorno que o cirurgião pediátrico teve com o projeto foi tão grande que a segunda edição do gibi já está pronta, com previsão de lançamento para o dia 10 de agosto.
“Ficamos tão satisfeitos com a primeira edição que já produzimos a segunda. Nesta, contamos a história de Belinha, uma menina portadora da doença mielomeningocele, uma má formação congênita na coluna vertebral”, explica.
Segundo o médico, o projeto não tem fins lucrativos e, enquanto houver dúvidas, as edições dos gibis continuarão.
“Não vendemos e, sim, oferecemos para a população. Todos os serviços públicos e privados aprovaram o projeto. O mais importante foi a aceitação familiar, independente da cultura ou classe social”, completa.
Fonte: G1Sorocaba/Jundiaí
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