Respire fundo. Agora imagine: junto com o ar, você pode estar inalando um inimigo invisível. Cientistas estão soando o alarme sobre um grupo de fungos do gênero Aspergillus — organismos microscópicos que estão se espalhando de forma preocupante pelo mundo, alimentados pelas mudanças climáticas.
Esses fungos flutuam livremente no ar em forma de esporos — partículas tão leves e pequenas que são inaladas sem que ninguém perceba. O problema? Em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, essa exposição pode desencadear uma infecção grave e potencialmente fatal: a aspergilose.
Uma vez dentro do corpo, especialmente nos pulmões, o fungo pode crescer de forma agressiva. Ele se instala nos tecidos internos, se espalha e os consome — um processo descrito por médicos como algo que literalmente “devora o corpo de dentro para fora”. O dano é silencioso, mas devastador.
Pacientes com câncer, HIV/AIDS, doenças pulmonares graves como DPOC, asma ou fibrose cística, além de pessoas que passaram por transplantes e tomam imunossupressores, estão entre os mais vulneráveis. Para esses grupos, uma simples respiração em um ambiente contaminado pode se tornar uma ameaça à vida.
A resposta está no clima. Os fungos Aspergillus prosperam em ambientes quentes e úmidos — condições cada vez mais comuns devido ao aquecimento global. Pesquisas da Universidade de Manchester mostram que, até 2040, a área de influência de algumas espécies pode aumentar até 77,5%, colocando milhões de pessoas em risco.
Nos Estados Unidos, estados como Flórida, Texas, Califórnia e Nova York já registram exposição crescente. E esse avanço deve se espalhar para outras regiões nas próximas décadas.
Estudos estimam que infecções fúngicas já causam cerca de 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo — um número que pode ser ainda maior devido à subnotificação e dificuldade no diagnóstico. E com o avanço dos fungos resistentes, o problema pode se agravar.
Os pesquisadores alertam: precisamos agir rápido. O mundo está mudando, e os fungos estão se adaptando. É fundamental investir em novos medicamentos, diagnóstico precoce e, principalmente, na conscientização pública.
Respirar é vital. E agora, mais do que nunca, entender o que está no ar pode ser uma questão de vida ou morte.
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