Conhecimento

Haitiano que vendia chocolates no metrô consegue se formar em engenharia

O jovem Guerlinx Doriscard, viu em 2010, seu país o Haíti, ser destruído por  um grande terremoto. Sem ter condições de viver mais em sua terra natal,  ele deixou país aos 21 anos em 2013 e o seu destino foi a cidade de São Paulo.

Guerlinx conta que a vida em São Paulo nem sempre foi fácil, porém hoje ele comemora o diploma da faculdade de engenharia, e agora busca apoio financeiro para o seu projeto de produzir tijolos ecológicos.

Primeira barreira: a língua

O novo engenheiro conta que uma das principais barreiras que enfrentou ao desembarcar no Brasil foi a língua nativa. Sem conseguir falar o português, era difícil conseguir arrumar emprego. Outro desafio foi conseguir arrumar um fiador para alugar um imóvel,

“Eu fiquei uns dias na rua até ser acolhido pela Casa do Imigrante,” conta. Ficou ali até receber uma proposta de trabalho em Americana. “Prometeram trabalho e moradia, mas a realidade é que tínhamos uma jornada de 10, às vezes 12 horas de trabalho, muitas vezes nem levavam comida.”

A maneira que Guerlinx encontrou foi morar em uma pensão. Mas o jovem tinha sonhos e iniciou um curso técnico, pensando em mais tarde fazer uma faculdade. Estudou muito a língua portuguesa e conseguiu prestar vestibular na Unisal, onde foi aprovado para o curso de engenharia.

Bolsa de estudos

Conquistou uma bolsa de estudos, mas para conseguir se manter, Guerlinx comprava chocolates e vendia no metrô de São Paulo nos fins de semana. Hoje, tem uma lojinha, “no futuro será o meu escritório de engenharia”, planeja.

Em seu trabalho de conclusão do curso, ele se inspirou na triste realidade de destruição de seu país, e na dificuldade que é para que uma pessoa consiga reconstruir sua casa. Ele criou um tijolo ecológico, mais poroso e mais barato.  “Não vai ao forno, polui menos e é mais econômico”.

Apoio financeiro

Guerlinx, agora busca apoio financeiro para tirar o seu projeto do papel, ele quer crescer financeiramente sem esquecer suas raízes, ele pretende ajudar pessoas de baixa renda. “Ninguém faz nada sozinho, só posso agradecer pelas oportunidades que tive e vou continuar lutando para realizar os meus sonhos.”

Com informações:R7

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